A possível candidatura do presidente Michel Temer a um segundo mandato enfrenta resistências não apenas em partidos da base aliada do governo, mas também dentro do recém-formado MDB (antigo PMDB).
Defendida nos bastidores por ministros que ocupam gabinetes no Palácio do Planalto, a estratégia para lançar Temer ganhou os holofotes depois que o governo anunciou a intervenção na segurança pública do Rio.
Em reunião da Executiva Nacional partido nesta quarta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, conhecido por ser forte defensor do presidente, fez uma defesa enfática da candidatura de Temer. A portas fechadas, Marun declarou que o atual chefe de estado tem "todas as chances" de ganhar "Eu disse que precisamos nos preparar para isso", afirmou o ministro. Ele disse ter conversado sobre o assunto com Temer, na segunda-feira. "A posição dele, hoje, é a de não disputar. Agora, quando os adversários se preocupam com isso, significa que estamos no caminho certo."
Reconduzido à presidência do MDB por mais um ano, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), ouviu a defesa feita por Marun, mas não seguiu na mesma toada. Disse que o partido trabalha para ter candidato próprio à Presidência, mas citou outros nomes além de Temer, incluindo o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Sem espaço no PSD, Meirelles negocia filiação ao MDB.
"Nós estamos discutindo qual é o nome mais viável, mais factível, que possa ganhar as eleições", afirmou Jucá.
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