Após dois detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, morrerem por parada cardíaca em pouco mais de 24 horas, a defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que está detido na unidade, divulgou uma nota registrando sua “extrema apreensão” com a situação.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, questionou a capacidade do presídio de tratar Maluf, que tem 86 anos e sofre de diversos problemas médicos.
De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe), um detento morreu na noite de domingo e o outro na madrugada de terça-feira. Os dois estavam presos preventivamente e ainda não haviam sido julgados. O nome e as idades deles não foram revelados.
O preso que morreu no domingo foi atendido pelo Corpo de Bombeiros. Ele já havia solicitado atendimento médico no dia 29 de dezembro, por dores lombares, e recebeu medicação. De acordo com a Sesip, “todos os procedimentos de intervenção foram tomados, mas a vítima não resistiu à parada cardíaca”.
Já o detento que morreu nesta terça-feira não havia solicitado atendimento médico em nenhum momento. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fez o processo de reanimação, mas o interno não resistiu.
Em nota, Kakay lembrou que a Papuda informou à Vara de Execuções Penais de Brasília que tem condições de prestar a assistência médica a Maluf. Após receber a posição, no dia 22 de dezembro, o juiz substituto Bruno Aielo Macacari negou, em decisão provisória, um pedido da defesa do parlamentar para que ele pudesse cumprir pena em casa. No dia 27, o magistrado determinou que o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda e o Instituto Médico Legal (IML) respondam a questionamentos formulados pela defesa para que ele possa tomar uma decisão definitiva sobre o tema.
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