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29 de novembro de 2017

NA COPA DO BRASIL, SOBRAVAM PATROCINADORES; NA DA RÚSSIA, FALTAM

Uma distância tão grande quanto a de Brasil e Rússia no planeta. Esta é a diferença entre a procura de patrocinadores pela Copa do Mundo em cada um dos dois países.

Em 2014, o torneio contou com seis patrocinadores locais: Apex-Brasil, Itaú, Centauro, Liberty Seguros, Garoto e Wise Up. Quanto ao cenário mundial, foram oito: Budweiser, Johnson & Johnson, Oi, Castrol, McDonald's, Yingli Solar, Continental e Marfrig.

A situação tornou-se bem distinta para o torneio de quatro anos depois. Atualmente, só duas empresas estão ligados com tal acordo à competição. São elas a Gazprom e o Alfa Bank, que acertaram um acordo global e um regional, respectivamente, como mostra matéria do jornal The New York Times.

No programa da Fifa quanto aos patrocínios, estão previstos 20 companheiros, sendo um limite de quatro para cada uma das cinco regiões estabelecidas: Europa, América do Norte/Central, América do Sul, África/Oriente Médio e Ásia. Como apontado acima, apenas um destes 20 espaços foi preenchido.

Apesar de envolver o esporte mais popular do planeta, a Copa do Mundo acabou sentindo o impacto do escândalo de corrupção na Fifa e em confederações que veio à tona a partir de 2015, com a prisão de dirigentes como José Maria Marín, além das renúncias de Michel Platini e Joseph Blatter à presidência da Uefa e da Fifa, respectivamente.

Como aponta a matéria, desde que Gianni Infantino assumiu a presidência da entidade que rege o futebol mundial, esta só conseguiu acordos de patrocínio com empresas de Catar, Rússia e China. Vale mencionar que os dois primeiros países irão sediar as duas próximas edições da Copa.

"Isso não é surpresa que ela tenha sido e continua uma marca tóxica", afirmou ao The New York Times Patrick Nally, que auxiliou a Fifa em seu primeiro programa de patrocínio quatro décadas atrás. "A menos que você seja da China ou de algum lugar como esse, onde o fato de a Fifa estar no tribunal em Nova York e associada com corrupção não importa, nenhuma corporação irá considerar seguro estar envolvido com a Fifa".

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