O governo federal estuda decretar, ainda nesta sexta-feira (17/11), a suspensão da abertura de novos cursos de medicina no Brasil por ao menos cinco anos.
A proposta, elaborada pelo Ministério da Educação, já está no Planalto e aguarda apenas a assinatura do presidente Michel Temer.
O ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, disse que a medida não afetará a criação dos cursos já previstos em editais lançados ainda à época do governo de Dilma Rousseff, que autorizam a abertura de quase 30 novas faculdades no país..
Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, a medida é "bem-vinda", mas não ideal justamente porque o governo planeja manter a criação desses cursos autorizados por Dilma.
Para Ribeiro, a "abertura indiscriminatória" de novas escolas médicas coloca em xeque a qualidade da formação de profissionais no país. Segundo ele, essas faculdades devem ser instaladas em regiões com estrutura de saúde pública, com médicos, hospitais e laboratórios.
"Não há como falar em qualidade com essa abertura a granel que está sendo feita de cursos no país, principalmente em lugares sem condições de receber e formar estudantes. O país vai colher os frutos disso no futuro", acrescentou.
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