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29 de novembro de 2017

EX-REPRESENTANTE DA ODEBRECHT VAI COOPERAR COM A JUSTIÇA NO PERU

A Justiça peruana retirou, nesta terça-feira (28), as acusações contra o ex-representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, após ele chegar a um acordo de cooperação com o Ministério Público em um caso de corrupção que envolve o ex-presidente Alejandro Toledo.

Barata, que está em liberdade no Brasil, mas em meio a um processo judicial, será considerado um "colaborador eficaz", um benefício pelo qual poderá revelar os nomes dos funcionários que a Odebrecht subornou no Peru. O empresário não será mais acusado de conluio. "Estabelece-se a retirada de todas as medidas cautelares que pesam contra ele", disse o juiz Richard Concepción Carhuancho, durante a audiência na qual aceitou o pedido do promotor Hamilton Castro, que está investigando a Lava Jato no Peru.

A exclusão irá desativar uma série de medidas legais que afetavam Barata, como o congelamento de seus ativos imobiliários e poupanças por ordem judicial. "É uma medida positiva, porque isso permitirá que ele colabore com a Justiça e responda às perguntas dos promotores que vão interrogá-lo no Brasil, para que ele possa contar tudo que sabe sobre o suborno no Peru", disse o deputado Mauricio Mulder à imprensa.

O juiz disse que o benefício obtido por Barata não significa que ele será afastado do processo, porque ele pode voltar a ser acusado se a colaboração não der certo. O MP do Peru acusa o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006) de ter recebido 20 milhões de dólares de Barata, representante da Odebrecht em Lima, para conceder a licitação para a construção da rodovia interoceânica, que liga o Peru ao Brasil. O ex-presidente, de 70 anos, nega as acusações.

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