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1 de novembro de 2017

CAOS NA SAÚDE PÚBLICA DE CAICÓ

A situação crítica da saúde em Caicó, não é diferente da saúde pública do estado do Rio Grande do Norte é muito menos diferente do resto do Brasil. Falta vontade política para resolver o problema. Habitualmente, não há verba suficiente para a saúde, entretanto, quando esta existe é corroída por dois tipos de cupins insaciáveis: a má gestão e a corrupção, irmãs siamesas. Os escândalos se sucedem e não perderei tempo em citá-los. Basta que se leia as notícias diárias na mídia.

Os hospitais públicos de Caicó, a exemplo dos hospitais de Natal, tipo Walfredo Gurgel, Santa Catarina, João Machado, estão superlotados, faltam materiais e medicamentos e não oferecem as mínimas condições de trabalho além de seus médicos e funcionários estarem com seus salários atrasados. As equipes médicas, muito mal remuneradas, não dispõem da mais elementar infraestrutura. Os corredores vivem lotados de pacientes.

Falta tudo, está instalado o caos. Os que precisam de exames laboratoriais mais simples enfrentam filas, usam as próprias economias e acabam resolvendo o problema. Entretanto, quando há necessidade de exames de maior complexidade (ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, etc.), materiais de alto custo (stents, órteses e próteses, etc.), procedimentos cirúrgicos especializados, há que se fazer a escolha de Sofia, ou seja, atender um em detrimento de outro que deverá ficar à míngua esperando a hora de morrer e os médicos nada podem fazer.

O Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pela integralidade das ações de saúde no serviço público, é igual à nossa Carta Magna de 1988, no papel é perfeito. Mas, na realidade, é uma utopia.

Os pobres, aqueles que realmente precisam, os que não podem pagar planos e seguros, são as únicas vítimas da iniqüidade dos nossos governantes, completamente alheios ao sofrimento da população, torrando dinheiro com obras e projetos faraônicos, alguns sem a menor lógica.

A saúde pública em Caicó é uma questão que necessita de mais atenção dos órgãos competentes. A realidade nos mostra uma cidade desestabilizada onde as políticas públicas são incoerentes e desrespeitam a sociedade.É vergonhoso ver nossas crianças e idosos morrendo em corredores dos hospitais públicos; ora por falta de atendimento, ora por falta de remédios.

Os profissionais da área chegam ao ponto de se verem obrigados a parar suas atividades justamente para reivindicar do governo municipal, melhores condições de trabalho e até mesmo pagamento de seus salarial. Estamos diante de uma situação onde a vítima desse caos público somos nada mais, nada menos que nós mesmo, ou do povo oprimido? Uma reforma administrativa é essencial. Outros problemas que afligem a saúde dos caicoenses são inumeráveis. A falta de estrutura e a super lotação dos postos de saúde e hospitais são dilemas que necessitam ser revistas.

Nós usuários da saúde pelo menos merecemos uma saúde de primeira, digna de alimentar as esperanças de um povo sofredor que luta dia-a-dia para pelo menos conseguir uma consulta através do SUS. O Sistema Único de Saúde precisa urgentemente ser reformulado. A sociedade pede emergência e os caicoenses se humilham: Alguém ajuda?

Quantas crianças e adultos precisarão perder a vida para que essa situação se transforme?. O povo humilde que sofre com tantas filas, greves e falta de atendimento e remédios, não merece ser tratado como população de terceiro mundo.?

Concluo afirmando o que disse no começo: o caos na saúde pública se deve à falta de vontade política para resolver o problema. Por má gestão ou por corrupção, irmãs siamesas.

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