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27 de outubro de 2017

DOZE DEPUTADOS 'VIRARAM CASACA' EM VOTAÇÃO DE SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA TEMER

Doze deputados "viraram casaca" na votação da quarta na Câmara, que barrou o andamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, em relação à primeira acusação formal, apreciada em agosto. Entre os "infieis", o principal argumento foi a pressão da opinião pública.

Já no caso de quem decidiu aderir ao governo na segunda votação - quatro -, a justificativa foi a de que uma nova mudança na Presidência seria um "mal maior" para o País. A denúncia foi barrada pelo placar de 251 votos a 233.

Deputados que votaram por barrar a segunda denúncia relataram que foram retaliados quando se posicionaram contra o governo em agosto. O deputado César Halum (PRB-TO), que votou contra Temer na primeira denúncia, disse que foi punido com a retirada dos dois cargos que tinha em seu Estado: "Após aquele voto meu na primeira denúncia as pessoas foram exoneradas".

Halum afirmou que, antes da votação da segunda denúncia, foi procurado por líderes partidários, que chegaram a questioná-lo se gostaria de reaver os cargos. O deputado, porém, diz ter recusado e votado a favor de Temer anteontem, "por convicção". "Não tenho interesse, não quero", afirmou. "Essa mudança seria um trauma".

Entre os parlamentares que fizeram o caminho inverso, foi no PSD que Temer perdeu mais votos da primeira para a segunda denúncia: quatro. Foi o caso de Heuler Cruvinel (PSD-GO). Na primeira votação, Cruvinel alegou que as acusações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, da JBS, não mereciam credibilidade. Mas, segundo ele, após Polícia Federal encontrar malas de dinheiro num apartamento atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, se convenceu de que há provas consistentes que indicam a formação de uma organização criminosa.

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