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13 de setembro de 2017

TEMER TINHA PODER DE DECISÃO NAS AÇÕES CRIMINOSAS DO PMDB

O presidente, Temer foi apontado no relatório como alguém que tinha poder de decisão nas ações do grupo do PMDB, a PF identificou ainda outras 11 pessoas que seriam parte do que agora está sendo chamado de "quadrilhão do PMDB".

O aumentativo "quadrilhão" é uma alusão ao tamanho e ao poder dos integrantes do grupo suspeito de, entre outros crimes, organização criminosa - quando quatro ou mais pessoas se associam para o fim específico de cometer infrações penais cujas penas máximas superem os quatro anos.

Os investigadores dividiram os integrantes do grupo entre primeiro e segundo escalões."Importante frisar, antes, que tais nomes não apareceram de forma aleatória. Na verdade, diversos réus e investigados colaboradores indicam fatos relacionados aos integrantes da organização, informações obtidas justamente por fazerem parte, cada um ao seu modo, das engrenagens que mantém em funcionamento o esquema criminoso, mas integrando os seus devidos lugares nos núcleos administrativo, financeiro e empresarial", diz o relatório da PF.

São seis os apontados como integrantes do grupo político/gerencial e, nas palavras da polícia, "há outros indivíduos com participação não tão destacada, ou hierarquicamente menos relevante no grupo do 'PMDB da Câmara'". Esse segundo grupo, continua a PF, atua como "longa manus", "orbitando e executando as decisões tomadas pelo 1º escalão."

O relatório da Polícia Federal foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e deve servir de base para o procurador-geral Rodrigo Janot oferecer provável nova denúncia contra Temer.

O presidente e principais auxiliares rechaçaram todas as suspeitas levantadas pelos investigadores. Temer disse que nunca "participou nem participa de quadrilha" em nota divulgada nesta terça pela Presidência, afirma que "facínoras roubam do país a verdade" e que "bandidos constroem versões" em busca de imunidade ou perdão de crimes.

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