O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (21) que vai para a briga caso concorra à Presidência da República. Durante ato na cidade de Itabaiana, em Sergipe, Lula negou que esteja em campanha pelo Nordeste ao longo dos 20 dias da caravana que protagoniza na região.
Embalado por um jingle criado exclusivamente para a caravana, Lula tem repetido que sua viagem serve para "olhar nos olhos do povo". Após dar uma entrevista para uma emissora de rádio, parar em outras três cidades e discursar pela quinta vez, ele disse que querem inviabilizar sua candidatura sob acusação de antecipação de campanha.
"Eles já querem dizer que não sou candidato por processo. Agora, querem dizer que estou antecipando campanha. Não estou antecipando. Eu vou brigar, no momento certo, se meu partido e meus companheiros quiserem que eu seja candidato. Se eu for candidato, vou brigar", discursou o ex-presidente.
E prometeu: "Se eu ganhar, eles sabem que vou melhorar a vida do pobre outra vez".Em um palco montado na associação atlética da cidade, Lula mandou um recado para o presidente Michel Temer, a quem chamou de golpista mais uma vez.
Aproximando-se do cinegrafista que registrava a cena para transmissão nas redes sociais, Lula afirmou: "Se o Temer estiver ouvindo o que a gente está falando aqui, que está passando na internet... O Temer precisa saber de uma coisa, seu Temer, a previdência está deficitária porque a economia não cresce".
Lula afirmou ainda que o Brasil "estava bom" antes da gestão Temer e que, no governo do peemedebista, "não sabem" recuperar a economia e estão fazendo uma demolição na previdência.
"O Brasil estava bom. E o Brasil está tão ruim. Eles não diziam que a Dilma era a culpada? Tiraram a Dilma do poder na maior sacanagem jamais vista neste país. Por que não consertam o Brasil?".
Ao criticar a política fiscal de Temer, Lula afirmou que "só quem não cortou o orçamento foram seu Luiz Inácio e a Dilma".
Lula admitiu a ocorrência de erros em seu governo. Usando a expressão talvez e o plural, Lula dividiu a responsabilidade com Dilma ao fazer esse reconhecimento. "Sei que não fizemos tudo, talvez tenhamos cometido erro. Se a companheira Dilma estivesse aqui, com certeza iria reconhecer que teve erro".
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