O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal, desta vez por obstrução de Justiça, antes de deixar o cargo, em 17 de setembro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Temer é investigado no STF em um inquérito derivado da delação da JBS sob suspeita de dois crimes: integrar organização criminosa e dar aval para a compra do o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lucio Funaro.
Janot pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, para deslocar a investigação sobre organização criminosa do inquérito da JBS para outro mais antigo, que vem investigando o “PMDB da Câmara”.
O procurador-geral da República quer a inclusão dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) no rol de investigados desse inquérito. Caso o ministro aceite esse pedido, o inquérito da JBS deverá gerar denúncia pelo crime de obstrução de Justiça.
A Polícia Federal apresentou relatório indicando que Temer obstruiu Justiça. Assim, Janot já teria elementos para oferecer denúncia ao Supremo. Segundo o jornal, os procuradores já esperavam que a primeira denúncia contra o presidente, votada ontem, não passasse na Câmara. Janot não comentou o resultado da votação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário