Pela primeira vez na história, os deputados se reuniram nesta quarta-feira (2) para decidir se autorizavão ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar uma denúncia criminal contra o presidente da República.
A condição de réu, da qual Michel Temer queria escapar, é uma realidade para um grupo significativo de parlamentares que atuaram como juízes no plenário. Pelo menos 47 deputados respondem a ações penais (processos) na mais alta corte do país. Desses, ao menos seis exercem o mandato mesmo condenados à prisão inclusive um presidiário. Todos estiveram aptos a participar da votação.
O número de réus representa quase 10% dos 513 integrantes da Casa. Eles são acusados de corrupção, a exemplo de Temer, e outros crimes, como formação de quadrilha, peculato, delitos contra a administração pública em geral, entre outros.
O “corpo de magistrados” da Câmara é composto, ainda, por 71 deputados investigados na Operação Lava Jato, a mesma que motivou a denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção e arrastou o presidente para o centro da crise política.
São citados em delações da Odebrecht e de ex-diretores da Petrobras. Réus e alvos de inquéritos (investigações preliminares que podem resultar na abertura de processos) na Lava Jato fazem parte da bancada suprapartidária dos parlamentares com contas a prestar à Justiça. Pelo menos 238 congressistas respondem a acusações criminais no Supremo. Desses, ao menos 190 são deputados que participaram da votação histórica da denúncia.
Os deputados federais do Rio Grande do Norte, que votaram pela permanência de Temer no governo foram: Fábio Faria, filho do governador, Robinson Faria,Walter Alves, filho do ex-ministro e hoje senador, Garibaldi Filho, e primo do ex-presidente da Câmara, que está preso, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves, Betinho Rosado, de Mossoró, Felipe Maia, filho do senador Agripino Maia, que também teve seu nome envolvidos em denuncias de corrupção e Rogério Marinho, que foi autor da retirada dos direitos dos trabalhadores como relator da reforma trabalhista.
Dos oito deputados federais do Rio Grande do Norte, apenas três honraram os votos que receberam do povo do RN, foram eles: Zenaide Maia, Antônio Jácome e Rafael Mota. Somente esses três votaram contra o presidente sem escrúpulo, Michel Temer (PMDB).
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