Em entrevista concedida á BBC, a presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, afirmou que o golpe ainda não terminou.
"Não é um golpe de estado só. É um processo. Não pense que o golpe começou na data do meu afastamento. Começou antes, quando meus adversários não conseguiram impor seu projeto pela via democrática", afirmou. "Está ficando cada vez mais claro que a democracia não é um caminho viável para os golpistas", acrescentou.
"O primeiro capítulo do golpe foi o meu impeachment. Mas o segundo capítulo é barrar o presidente Lula de ser candidato nas eleições do próximo ano. Se você observar qualquer pesquisa no Brasil, é um fato que ele está na liderança", declarou.
Levada a comentar se o Brasil não precisa de "novo sangue" para resolver sua crise política, Dilma não concordou. "Como saber se o Brasil precisa de um novo líder e uma nova mudança? E desde quando o novo é necessariamente algo bom?", questionou a petista. Sobre a crise da Venezuela, opinou: "Eles vão criar o que fizeram no Iraque e no Afeganistão aqui na América Latina, um conflito armado.
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