A Rádio Seridó, hoje FM 100,7 através de sua direção tem anunciando inclusive nas redes sociais que a emissora vai colocar em sua grade de programação a partir desta terça-feira (18/07/17), a Rádio Jovem Pan de São Paulo, o que no meu entender reduzirá em muito os programas locais que fazem parte da atual grade de programação da emissora.
Ou seja, a Seridó depois de 32 anos, vai deixar de fazer seu trabalho para subsistir com o aluguel de horários os programas locais onde serão apresentados programas gerados em São Paulo, que nada tem a ver com a nossa realidade, com a nossa historia e com a nossa cultura.
A Seridó teve programas de grade audiência que desde sua inauguração intervieram na história de Caicó, influenciando de forma direta no cotidiano das pessoas, criando tendências e até expressões causando mudanças no âmbito político, social e cultural dos indivíduos e parte da população de Caicó e do Seridó.
“Por mais que a situação esteja difícil e o valor do dinheiro, em tudo que avista como lógico e natural no campo dos negócios, sempre prevaleça sobre outras situações, nada serve ou pode justificar tamanha falta de conhecimento da história da emissora construída ao longo dos anos por pessoas e profissionais que com carinho vestiram a camisa da Rádio Seridó para que por muitos anos fosse ela dona da maior audiência na cidade e região do Seridó no vizinho estado da Paraíba além de outras regiões do RN
Pessoas como: José Ovídio, Daguia Soares, Joseane Santos, Marcos Antônio, Liraldo Dantas, Jonas Garcia, José Levimar (In memoriam),Gilmar Cardoso, Lucineide Medeiros, F. Gomes, colaboradores e correspondentes em várias cidades do Seridó.
A prática de locação de parte da grade de programação envolvendo especificamente a Rádio Seridó, acredito que a direção levou em consideração apenas a questão financeira. “Se não bastasse tudo e mais um pouco, a impressão que se tem, é que só o dinheiro importa, e que se lixe todo o resto e mais um pouco, incluindo ai os profissionais, anunciantes e o mais importante o ouvinte”
Ao meu vê isso é uma insensatez: Parece que não tem limites ou um mínimo de bom senso na ocupação da programação de uma emissora que tanto serviço prestou e presta a uma cidade de Caicó com quase 70 mil habitantes. Isto caracteriza subconcessão. É crime previsto em lei”, e se não sabem a legislação em vigor no país, proíbe um concessionário de repassar a licença para terceiros.
Em resumo: perde o profissional, perde o anunciante, perde a cidade, perde o ouvinte e perde muito mais a velha e querida Radio Seridó porque vai perde sua verdadeira identidade. Mais do que se preocupar com números, quem vende programação deve procurar se preocupar com a qualidade do que está oferecendo ao público. Afinal o que vamos procurar sintonizar: a Rádio Seridó, a Jovem Pan ou a 107-FM, lamentável.
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