No início da década de 1990, quando a FIAT lançou o Uno Mille, para homenagear a Copa do Mundo da Itália, naquele mesmo ano; começou a Era dos carros populares no Brasil.
Modelos despojados de itens luxuosos como vidros elétricos, airbags, potência no motor ou ar condicionado, foram assim apelidados por pretenderem atingir os trabalhadores com menor poder aquisitivo. Hoje em dia, o alto preço dos carros brasileiros coloca até o carro popular em cheque.
Ao longo dos anos, o conceito foi desgastado, principalmente, pelo preço nacional. Hoje em dia, mesmo os itens novos mais simples, sem artigos opcionais como vidros e travas elétricas e ar condicionado, praticamente não podem ser encontrados em valores abaixo de R$ 40 mil. Em um país onde o salário mínimo não chega a mil reais, o carro antes chamado de popular praticamente desapareceu.
O FIAT Mobi vendido no Brasil em no modelo mais simples a cerca de R$ 40 mil, é encontrado no México por cerca de 68% do valor, a R$ 27,7 mil. Nosso preço está em vantagem com relação ao modelo comercializado na Argentina a cerca de R$ 44 mil. O Mobi não está à venda nos sites da montadora nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália ou Portugal.
Também da FIAT, o Novo Uno tem preço no mercado nacional girando em torno de R$ 42 mil. Também não encontrado nos sites da Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Portugal; é anunciado na Volkswagen do México a 180,5 mil pesos, ou R$ 32,3 mil. O mexicano paga 23% menos que o brasileiro neste caso.
Outro carro com conceito de popular é o Volkswagen Up!. Mais caro na Argentina (cerca de R$ 54 mil, em valores convertidos), o preço brasileiro, por volta de R$ 40 mil, se equivale com o valor de venda na Inglaterra (9135 libras, ou R$ 38,9 mil).
Em outros países da Europa, o Up! Também sai mais caro do que no Brasil. Em Portugal, o valor é de cerca de R$ 44,5 mil e na Itália, em torno de R$ 42,6 mil. Mesmo não custando tão barato, o carro nas faixas mais básicas ainda é o que está mais ao alcance do bolso do brasileiro comum. Porém, aquele conceito inicial, do chamado carro popular principalmente por conta do preço final, está bem longe da realidade atual.
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