Numa decisão envolta em polêmica, a Polícia Federal (PF) confirmou nesta quinta-feira (6) que extinguiu o grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba. A decisão retira delegados, agentes, peritos e escrivães do regime de dedicação exclusiva à força-tarefa que investiga desvios na Petrobras. Em nota oficial divulgada no início da noite, a força-tarefa da Lava-Jato no MPF do Paraná afirmou que a dissolução do grupo de trabalho prejudica as investigações.
Também em nota oficial, a direção da PF disse que a equipe policial se integra, junto com o grupo de trabalho da Operação Carne Fraca, à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). "A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações", sustenta o órgão.
A PF diz ainda que o novo contingente terá o reforço de policiais do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da própria Lava-Jato, os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores. No auge das investigações em Curitiba, o grupo de trabalho chegou a contar com 11 delegados. Nos últimos meses, esse contingente foi caindo progressivamente. Atualmente, havia quatro delegados trabalhando exclusivamente na operação, cada um conduzindo em média 20 inquéritos. Com a readequação, a PF afirma que a carga de trabalho individual será reduzida e que a partir de agora as investigações terão 70 agentes, 14 peritos e 15 delegados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário