O comando do PT divulgou nesta quarta-feira (19) uma nota em que acusa o juiz Sergio Moro de revanchismo. No documento, o partido chama de mesquinha a decisão do magistrado de bloquear os bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no valor de R$ 600 mil.
"Moro mostrou mais uma vez que não tem equilíbrio, discernimento nem a necessária imparcialidade para julgar ações relativas ao ex-presidente Lula", diz o texto.
Na nota, o PT acusa o juiz de retaliação. "Depois de condenar o ex-presidente Lula sem provas, de propagar mentiras e contradizer sua própria sentença, o juiz Sergio Moro decidiu agora vingar-se de um inocente", afirma a sigla.
Segundo o comunicado, "Moro decretou uma pena de asfixia econômica que priva o ex-presidente de sua casa, dos meios para subsistir e até para se defender das falsas acusações". "Foi uma decisão mesquinha, tramada em segredo ao longo de 9 meses com a Força-Tarefa de Curitiba, e concluída após a forte reação da sociedade e do mundo jurídico à sentença injusta no caso do tríplex."
Ainda de acordo com a nota, "é um caso típico de retaliação, de quem se vale da cumplicidade com a Rede Globo para cometer todo tipo de arbitrariedades contra o maior líder popular do país". O partido tenta também desqualificar a decisão de Moro, afirmando que o juiz "escancara as contradições do processo do tríplex".
Diz o PT: "Ele [Moro] condenou Lula por ser o suposto dono do imóvel, mas fugiu à prova da inocência, argumentando que a propriedade não seria relevante para o caso. Reconheceu que a construção do prédio foi financiada por um fundo gerido pela Caixa, mas, contraditoriamente, condenou Lula alegando que a obra teria sido paga por uma suposta conta de propinas. E, mesmo admitindo que Lula não recebeu recursos desviados da Petrobrás, condenou Lula a ressarcir a estatal em R$ 16 milhões".
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