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28 de junho de 2017

RENAN DIZ QUE "ERRO" DE TEMER FOI ACHAR QUE GOVERNARIA "INFLUENCIADO POR UM PRESIDIÁRIO DE CURITIBA"

Um dia após a Procuradoria-Geral da República denunciar o presidente Michel Temer, o líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou na noite desta terça-feira que o "erro" do presidente foi achar que poderia governar o país influenciado pelo "presidiário" Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e insinuou que o peemedebista não deve concluir o mandato.

"Ele (Temer) precisa entender que demorar mais um mês, dois meses, três meses, um ano à frente do governo, sem que, do ponto de vista institucional, nós possamos ganhar, fortalecer os Poderes, não significará nada. É uma resistência para o nada, porque o erro do presidente Temer foi achar que poderia governar o Brasil influenciado por um presidiário de Curitiba", disse Renan.

"Isso não ia chegar a lugar nenhum! Ainda mais com o presidiário recolhido ao cárcere em Curitiba e continuando a receber dinheiro, que é lamentavelmente o que hoje a realidade, a circunstância nos expõe", acrescentou Renan no plenário do Senado. O líder do PMDB afirmou que o presidente "faz de conta" que governa o país e destacou que Temer não tem "legitimidade" para cobrar que os senadores não mexam no texto da reforma trabalhista.

Minutos depois, Renan respondeu a uma provocação do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) quando ele o questionou sobre a conduta à frente da liderança do PMDB. Garibaldi disse que o cargo de líder tem de ser conquistado e não imposto. O atual líder rebateu-o, dizendo que não era a primeira vez que o colega de partido falava aquilo.

Renan afirmou, sem se referir nominalmente ao ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, primo de Garibaldi e preso no início do mês pela operação Lava Jato, que "um ex-presidente da Câmara" está sendo investigado por formar uma quadrilha. Aos gritos, Garibaldi pediu-lhe "respeito".

Esse último bate-boca fez com que Eunício Oliveira encerrasse à sessão desta terça-feira. Fora do microfone, Renan disse a Garibaldi que não o provocasse.

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