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30 de maio de 2017

SERRAGLIO COMPLICA SITUAÇÃO DE TEMER NO CONGRESSO, NA LAVA JATO E ATÉ NO TSE

O governo sofreu mais um abalo hoje (30) com o anúncio feito há pouco, pelo ex-ministro da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), de que não assumirá o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

Serraglio, oficialmente, disse que tem muito a fazer na retomada ao Congresso Nacional. Nos bastidores, ele não esconde que ficou chateado pelo convite feito a Torquato Jardim para substituí-lo sem que fosse consultado.

A notícia deixou em polvorosa parlamentares da oposição e da base aliada no Congresso: com a volta de Serraglio ao mandato na Câmara, seu suplente, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), deixa o cargo e perde o foro privilegiado, passando a ser julgado pelo juiz Sérgio Moro.

Rocha Loures, ex-assessor de Temer no Palácio do Planalto, foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil referente a propina negociada para ser paga todo mês, ao longo de 20 anos, pela JBS. E citado durante áudios de conversa entre o presidente da República e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, como o interlocutor com quem ele (Batista) poderia tratar assuntos referentes ao presidente. Aguarda-se que possa ser decretada sua prisão provisória e já se cogita uma delação premiada.

A estratégia adotada pelo Palácio do Planalto nos últimos dias, que ruiu esta manhã como um castelo de cartas, teria como pano de fundo minimizar as críticas à má condução do ministro da Justiça em relação à manifestação da última quarta-feira (quando só quem se posicionou foi o ministro da Defesa, Raul Jungmann). E, ao mesmo tempo, tentar uma aproximação do governo com o atual líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), com a indicação de Torquato Jardim para o cargo.

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