A 38ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvos dois operadores financeiros ligados ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), apura o pagamento de US$ 40 milhões de propinas durante 10 anos.
Segundo as investigações, entre os beneficiários, há senadores e outros políticos, além de diretores e gerentes da Petrobras. Os operadores financeiros investigados nesta fase da operação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), são Jorge Antônio da Silva Luz e o filho dele, Bruno Gonçalvez Luz.
Em referência ao sobrenome deles, a nova etapa foi batizada de "Blackout", que significa "apagão" em inglês. A suspeita é a de que pai e filho tenham atuado em pelo menos cinco episódios. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), os dois faziam o meio-de-campo entre quem queria pagar e quem queria receber propina envolvendo contratos com a Petrobras. Para tanto, utilizavam contas no exterior, como na Suíça e nas Bahamas.
Ainda de acordo com o MPF, os operadores atuavam, principalmente, na Área Internacional da Petrobras, que tem indicação política do PMDB. No entanto, em um dado momento, ambos passaram a solicitar propina para o PMDB também na diretoria de Abastecimento, setor de atuação do Partido Progressista (PP).
Além disso, ainda segundo informações do MPF, os operadores também atuaram na diretoria de Serviços, que era área do Partido dos Trabalhadores (PT).Em nota, o PMDB informou que os operadores "não têm relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB".
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