Foi Chico Buarque, no primeiro verso do clássico Paratodos ,quem o chamou de “maestro soberano”. Justo reconhecimento para Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, um artista que ao longo de 67 anos de vida atuando como compositor, arranjador, pianista e violonista criou uma das mais ricas e sofisticadas obras da música popular brasileira, que se tornou notória internacionalmente.
Exemplo disso: Garota de Ipanema, um dos hinos da Bossa Nova, é a segunda canção mais tocada em todo o mundo, atrás apenas de Yesterday, dos Beatles. Mas é no Brasil que a arte de Tom Jobim teve maior relevância, e é mais cultuada, mesmo depois de sua morte, em 8 de dezembro de 1994, em Nova York.
Hoje, Tom, nascido em 1927, no bairro da Tijuca, e criado em Ipanema, faria 90 anos. Deixou como legado, além de uma história marcada por grandes momentos, álbuns memoráveis e músicas que fazem parte da memória afetiva de pessoas de diferentes gerações, tanto aqui quanto no exterior. Como não se lembrar de Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim, de 1967, um dos discos mais celebrados do século 20; Elis & Tom, lançado em 1974, que marca o encontro de dois gigantes da MPB, de onde saiu Águas de março, que está entre as mais belas composições do nosso cancioneiro; e Passarim (1987), no qual o maestro expôs toda sua brasilidade.
Tom, que se dizia influenciado por Claude Debussy e Maurice Ravel, fez muito mais pela nossa cultura. Com Vinicius de Moraes, o parceiro mais frequente, e João Gilberto, foi um dos criadores da bossa nova, movimento considerado divisor de águas na música brasileira, que a projetou universalmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário