Enquanto aguarda a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, definir o destino da relatoria da Operação Lava Jato na Corte, o presidente Michel Temer vem sendo pressionado por representantes de tribunais superiores, presidentes de partidos e parlamentares a escolher o substituto de Teori Zavascki, morto na quinta-feira passada na queda de um avião em Paraty, no litoral fluminense.
Dirigentes e líderes de pelo menos seis grandes partidos da base aliada defendem a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. O argumento de líderes do PSDB, PSD, PR, DEM, PTB e até do PMDB é de que o ministro da Justiça, considerado um aliado fiel do governo Temer, é "qualificado" e tem "experiência" jurídica.
Outros nomes sugeridos são o da ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, o do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra da Silva Martins Filho, e o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Temer informou no fim de semana que vai aguardar a decisão de Cármen Lúcia para depois indicar um nome.
O discurso oficial de ministros próximos ao presidente é de que a vaga de Teori será preenchida por um "perfil que se assemelhe ao do ministro". Outro auxiliar palaciano disse que Temer deve levar em conta "o tamanho" das críticas da futura nomeação. Temer tem se aconselhado com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (secretário do Programa de Parceria de Investimentos), além de pessoas de sua confiança no meio jurídico, entre elas o ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes.
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