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10 de janeiro de 2017

ACIDENTE DE MOTO MATA MAIS QUE ACIDENTE DE CARRO

Os acidentes de motos matam mais do que as colisões de carros. Aumento da frota, falta de campanhas educativas e formação precária tiram a vida principalmente dos jovens. No Brasil, a média é de 12 mil mortes a cada ano. O custo das tragédias é alto.

Além de ser uma opção de transporte, a moto se tornou uma fonte de renda. Tal realidade impulsionou a frota e também o número de acidentes. Aprendizado limitado e insuficiente deixa os motociclistas incapazes de pilotar com responsabilidade nas ruas do país.

O Brasil gasta, por ano, cerca de R$ 50 bilhões com os acidentados, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).Mas há ainda um custo impossível de ser calculado: a dor de quem fica, dos que perderam parentes motociclistas.

Conter os desastres envolvendo motociclistas é um desafio que envolve mudanças na legislação, cuidados com as vias, investimentos em transporte público e educação para o trânsito desde a infância. Essa conjunção de fatores mostra que dificilmente o Brasil cumprirá a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir pela metade o número de vítimas até 2020.

Além de investimentos na infraestrutura viária, é preciso garantir a educação do condutor, é preciso analisar o problema sob três aspectos: o do condutor, o do veículo e o da via. Seria responsabilidade do poder público garantir a manutenção das vias, com pistas sem ondulações, buracos ou desgastes, que ampliam as chances de derrapagens e de acidentes.

“A oferta de transporte coletivo de qualidade, com custo acessível, confiabilidade e conforto; o planejamento de cidades compactas e que demandem deslocamentos em distâncias menores; e a oferta de infraestrutura de qualidade para deslocamentos a pé ou por bicicleta são alguns exemplos do que as cidades podem fazer para melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, diminuir a atratividade da moto.”

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