Os acidentes de motos matam mais do que as colisões de carros. Aumento da frota, falta de campanhas educativas e formação precária tiram a vida principalmente dos jovens. No Brasil, a média é de 12 mil mortes a cada ano. O custo das tragédias é alto.
Além de ser uma opção de transporte, a moto se tornou uma fonte de renda. Tal realidade impulsionou a frota e também o número de acidentes. Aprendizado limitado e insuficiente deixa os motociclistas incapazes de pilotar com responsabilidade nas ruas do país.
O Brasil gasta, por ano, cerca de R$ 50 bilhões com os acidentados, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).Mas há ainda um custo impossível de ser calculado: a dor de quem fica, dos que perderam parentes motociclistas.
Conter os desastres envolvendo motociclistas é um desafio que envolve mudanças na legislação, cuidados com as vias, investimentos em transporte público e educação para o trânsito desde a infância. Essa conjunção de fatores mostra que dificilmente o Brasil cumprirá a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir pela metade o número de vítimas até 2020.
Além de investimentos na infraestrutura viária, é preciso garantir a educação do condutor, é preciso analisar o problema sob três aspectos: o do condutor, o do veículo e o da via. Seria responsabilidade do poder público garantir a manutenção das vias, com pistas sem ondulações, buracos ou desgastes, que ampliam as chances de derrapagens e de acidentes.
“A oferta de transporte coletivo de qualidade, com custo acessível, confiabilidade e conforto; o planejamento de cidades compactas e que demandem deslocamentos em distâncias menores; e a oferta de infraestrutura de qualidade para deslocamentos a pé ou por bicicleta são alguns exemplos do que as cidades podem fazer para melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, diminuir a atratividade da moto.”
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