A Justiça Federal no Rio de Janeiro mandou prender, na tarde desta terça-feira (6), a mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. A prisão preventiva da advogada Adriana Ancelmo foi decretada pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que aceitou denúncia contra ela e Cabral. Com isso, eles se tornam réus em processo de lavagem de dinheiro, corrupção de organização criminosa.
O magistrado também determinou novo mandado de busca e apreensão na casa Ancelmo. Por volta das 16h, agentes da Polícia Federal já se encontravam na residência do casal, no Leblon, zona sul carioca.O juiz cita no despacho que, segundo o MPF, o aprofundamento das investigações revelou que Ancelmo "ocuparia posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido, Sérgio Cabral".
Ainda de acordo com as investigações, a mulher de Cabral seria "uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por seu marido, valendo-se para tal de seu escritório de advocacia, bem como que teria adquirido ilegalmente verdadeira fortuna em joias de altíssimo valor".
O juiz afirma, com base nas investigações do MPF, que a participação criminosa de Ancelmo se dava após a prática de atos de corrupção de Cabral e de outros acusados. Segundo Bretas, "Ancelmo estaria usando sua condição de advogada e a estrutura de seu escritório de advocacia para propiciar o recebimento de valores espúrios pela organização criminosa descrita pelos investigadores".
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