PEC 241, esta medida é de uma maldade sem precedentes em política econômica, os efeitos que virão paulatinamente, afetarão não só categorias ou grupos sociais específicos, o Governo não ouviu nenhum ronco nas ruas. Os dias e os meses mostrarão o que ela significa.
O reajuste pelo IPCA não impedirá o sucateamento da Saúde e da Educação, que deixarão de ter as garantias orçamentárias hoje fixadas pela Constituição. Não haverá dinheiro para manter o SUS nos padrões atuais, e isso significará menos médicos, menos leitos, e já está aí, sendo executado, o fim da Farmácia Popular, que fornecia aos mais pobres os remédios essenciais para doenças crônicas. Não haverá dinheiro para manter o número de vagas nas universidades, e já temos aí a limitação do Fies, levando ao cancelamento de matrículas nas faculdades privadas.
Não será possível expandir o ensino fundamental, apesar das crianças que vão nascer e das que vão crescer. Não haverá dinheiro para a LOAS/BPC atender aos idosos e deficientes sem renda e sem previdência, que continuarão envelhecendo. O próprio salário-mínimo, é claro, não poderá ser reajustado como vinha sendo, em índices superiores aos da inflação. E isso afetará não apenas os que o recebem trabalhando, mas também a grande maioria dos aposentados e pensionistas. Programas sociais, para quê? Eles vão continuar existindo no faz-de-conta, com recursos bem menores, até se tornarem irrisórios.
Preparamo-nos, pois, para mais pobreza e mais desigualdade, mais pedintes nas ruas, mais jovens sem rumo nos semáforos. A inclusão dos pobres no Orçamento federal agora chega ao fim, e em breve eles vão compreender o que isso significa. A classe média alta pode pensar que não é com ela, que paga planos de saúde e escolas privadas mas, com a pobreza campeando, teremos mais violência para todos. A catástrofe sobrará também para os remediados. E especialmente para os servidores públicos, que podem dizer adeus aos aumentos. Concursos para os jovens que buscam se empregar, nem pensar.
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