O plenário da Câmara dos Deputados aprovou no início da tarde desta segunda-feira (10), por 255 votos favoráveis e 9 contrários, um requerimento que acelera o trâmite para a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que impõe um teto para os gastos da União. O governo federal trabalha para que a votação tenha início ainda nesta segunda. Houve, ainda, uma abstenção na votação.
O requerimento, apresentado pelo líder do governo na Casa, deputado André Moura (PSC-SE), tinha como objetivo quebrar o intervalo, exigido pelo regimento interno, de duas sessões da Câmara entre a aprovação da PEC na comissão especial e a votação no plenário.
A PEC passou na comissão na última quinta-feira (6). Porém, no dia seguinte, não houve sessão por falta de quórum. Por conta disso, foi preciso aprovar esse requerimento para permitir a votação da PEC no plenário nesta segunda, como quer o governo.
Uma das principais apostas do Palácio do Planalto para tentar reequilibrar as despesas públicas, a proposta limita pelas próximas duas décadas o aumento das despesas do governo federal à inflação do ano anterior.
Decidido a aprovar a matéria, o presidente Michel Temer tem feito uma ofensiva política nos últimos dias para convencer parlamentares aliados. Na noite de domingo (9), recebeu mais de 200 deputados em um jantar no Palácio da Alvorada.
Saúde e educação
Os partidos que fazem oposição a Temer argumentam que, se a PEC for aprovada representará o "congelamento" dos investimentos sociais, como nas áreas de saúde e educação.
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