A operação para salvar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), idealizador do golpe parlamentar de 2016 e um dos principais aliados de Michel Temer, foi preparada pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) e conta com total apoio do Palácio do Planalto.
Bacelar deve apresentar um voto em separado, propondo que Cunha seja suspenso de suas funções por 90 dias, e não cassado definitivamente.Com isso, os mais de 200 parlamentares que devem favores, inclusive financeiros ao ex-presidente da Câmara, poderão alegar que ele não foi absolvido.
"É um escárnio", diz o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). "Vão criar uma interpretação absurda do regimento para buscar um voto em separado derrotado no Conselho de Ética que permitirá que ela seja suspenso por 90 dias." Cunha é investigado no Supremo Tribunal por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. No conselho de ética, ele é acusado de mentir sobre contas no exterior que o beneficiam e por onde escorreram milhões de reais.
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