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23 de setembro de 2016

LULA CRESCE NAS PESQUISAS

O ambiente de ódio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao partido que representa, o PT, torna-se cada vez mais irrespirável desde a última quinta-feira, quando procuradores do Ministério Público Federal afirmaram, em espetáculo midiático ilustrado com gravuras de Power Point, que Lula seria o chefe do esquema de corrupção da Operação Lava Jato.

Os ataques ao líder petista, no entanto, parecem exercer efeito contrário junto à opinião pública. Quanto mais acusações, maior o prestígio de Lula junto ao eleitor, conforme a pesquisa do Instituto Datafolha constatou em sua última pesquisa, em Julho deste ano, ratificada esta semana por outro levantamento, desta vez do Instituto Bahia Pesquisa e Estatística (Babesp).

A explicação para o fenômeno parece óbvia, diante do fato que os promotores do MPF paranaense acusam um cidadão apenas baseados em “convicções”. Nesta quinta-feira, o advogado Maurício Rands, professor da Universidade Federal de Pernambuco e autor do livro A Era Lula, lançado em 2010, comentou a atitude dos promotores que atuam ao lado do juiz Sergio Moro, titular da Justiça Federal, naquele Estado.

Segundo Maurício Rands, “no último dia 14, os Procuradores do Ministério Público Federal afirmaram, em espetáculo midiático no Jornal Nacional, que Lula seria o chefe do esquema de corrupção da Lava Jato. E que seria o dono dos famosos sítio e tríplex. Trata-se do maior ataque já desferido contra Lula. Capaz de torna-lo inelegível até 2018. Com estardalhaço, fizeram uma sessão de marketing político”.

Após dividir a liderança com a ex-senadora Marina Silva (Rede) nos últimos levantamentos, o petista oscilou positivamente e abriu vantagem sobre a potencial adversária, que caiu na preferência dos brasileiros. Os nomes do PSDB consultados também tiveram oscilação negativa ou mantiveram os índices anteriores, o que favoreceu o petista no quadro geral da pesquisa. Além do ex-presidente, o único a ganhar espaço numa eventual disputa presidencial foi Michel Temer, que tinha entre 1% e 2% em abril e, há dois meses, aparece com índices que variam de 4% a 6%.

Lula vence
em qualquer cenário

Na simulação em que Serra representa a candidatura do PSDB, Lula continua com 23%, e Marina fica com 17%. O senador paulista aparece na sequência, com 11%, no mesmo patamar de Bolsonaro (7%). Em seguida pontuam Ciro Gomes (6%), Temer (6%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Votariam em branco ou nulo 19%, e 7% não opinaram sobre a disputa.

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