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30 de agosto de 2016

ROMBO NAS CONTAS DO GOVERNO TEMER CRESCE 140% E VAI A R$ 18,55 BI

O governo central registrou déficit primário de 18,552 bilhões de reais em julho, pior para o mês na série histórica iniciada em 1997, em meio à contínua fraqueza na arrecadação e elevadas despesas extraordinárias, como o reforço fiscal dado ao Rio de Janeiro para as Olimpíadas.

O resultado, que engloba Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio melhor que o rombo de 21,9 bilhões de reais estimado por analistas em pesquisa Reuters. Segundo informou o Tesouro nesta terça-feira, a receita líquida total caiu 7,4 por cento em julho sobre um ano antes em termos reais, a 91,802 bilhões de reais, sobretudo por conta da recessão.

No período, as despesas totais subiram 3,2 por cento já descontada a inflação, a 110,354 bilhões de reais, influenciados pela alta de 7,3 por cento nos gastos com benefícios previdenciários. Também pesou na conta o pagamento de 9,2 bilhões de reais em subsídios, subvenções e Proagro seguindo o calendário semestral determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), além de 2,9 bilhões de reais para o Rio de Janeiro para a realização da Olimpíada.

Para o ano, o governo tem como meta rombo de 170,5 bilhões de reais que, se confirmado, será o terceiro déficit primário consecutivo do país e o maior já registrado. Nos 12 meses até julho, o déficit já somava 163,34 bilhões de reais.

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