Na volta do recesso parlamentar, líderes partidários pressionaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja votado o mais rápido possível em plenário.
Integrantes da nova oposição sugeriram obstrução dos trabalhos até que o processo contra o peemedebista fosse concluído. Para isso, Maia precisa fazer a leitura do relatório que pede a perda do mandato de Cunha, acusado de mentir à CPI da Petrobras por ter negado possuir contas secretas no exterior. Nos bastidores, o Palácio do Planalto atua para que a votação do caso Cunha só ocorra após definição do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Senado. O receio palaciano é de que, cassado e abandonado, o peemedebista pode se voltar contra o presidente interino, Michel Temer, e “melar” o impedimento da petista.
Ontem, mesmo após a pressão durante reunião de líderes, Maia não realizou a leitura do relatório e, dessa maneira, não marcou uma data para votar a cassação. De maneira genérica, disse apenas que vai trabalhar para que o pedido de cassação do ex-presidente da Casa seja votado em plenário durante o mês de agosto, em uma semana de quórum alto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário