A renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara deflagrou, oficialmente, uma corrida pelo comando da Casa. Além do status de presidente da casa legislativa, os candidatos à sucessão do peemedebista miram os poderes e as regalias reservados ao cargo.
O deputado que for eleito para o mandato tampão com validade até 31 de janeiro será o segundo na linha de sucessão da Presidência da República.
Porém, como Dilma Rousseff pode vir a ser afastada em definitivo do comando do Palácio do Planalto por meio do processo de impeachment em tramitação no Senado, o novo presidente da Câmara tem chances de se tornar o primeiro na linha de sucessão, vindo a substituir Michel Temer, interinamente, sempre que o peemedebista viajar para fora do país ou, em caso de impedimento definitivo do presidente, assumindo o controle do país.
Outro motivo que faz os deputados se acotovelarem pela presidência da Câmara é a dimensão da casa legislativa. O sucessor de Cunha administrará um orçamento anual de R$ 5,2 bilhões e comandará um exército de 3,2 mil servidores efetivos.
O posto também garante regalias exclusivas, como o direito a usar a residência oficial da Câmara, mansão com piscina localizada às margens do Lago Paranoá, em uma das áreas mais valorizadas de Brasília. Na casa, são mantidos, com custos pagos pela Câmara, duas arrumadeiras, dois auxiliares de cozinha, três cozinheiros, um chefe de cozinha, oito vigilantes, quatro motoristas e seguranças do Departamento de Polícia Legislativa.
A Câmara assume ainda despesas como tarifas de energia, água e telefone, e o salário de administradores e funcionários que auxiliam na manutenção da residência oficial. Quem vier a substituir Eduardo Cunha usufruirá de outras regalias, como direito de usar carro oficial e segurança particular.
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