O coordenador técnico da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa Paralímpico, José Ricardo Rizzone de Sousa Vale, de 48 anos, foi afastado do cargo ontem pela 1ª Vara Criminal de Brasília. Rizzone é suspeito de praticar o crime de concussão extorsão praticada por funcionário público contra seus atletas, ao exigir o repasse de uma quantia do “bolsa incentivo” para a inclusão deles nos torneios seletivos para os Jogos Olímpicos do Rio.
De acordo com o delegado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), Andre Sala, o agora ex-coordenador exigia de sete atletas, desde o início de 2013, um repasse mensal de cerca de 10% a 13% da quantia recebida pela “bolsa incentivo”, custeada através do convênio nº 776484/2012, firmado entre a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e o Ministério do Esporte.
Segundo o delegado, os valores das bolsas variavam entre R$ 3.500,00 e R$ 15.000,00. No pior dos cenários, os valores extorquidos poderiam chegar a mais de R$ 4 milhões durante o período da investigação.
Ainda de acordo com a investigação, os atletas que se recusavam a efetuar o pagamento da extorsão eram ofendidos e rebaixados por Rizzone, que ainda os prejudicava durante as seletivas para os Jogos Paralímpicos Rio-2016.
Como coordenador técnico, o acusado determinava quais atletas participariam das competições qualificatórias e em quais classes grau de comprometimento físico-motor do atleta conforme o pagamento. José Ricardo Rizzone foi afastado do cargo pela Justiça ontem e está proibido de frequentar o centro de treinamento e manter contato com os atletas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário