O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou uma nota nesta sexta-feira 3 em que se manifestou contra a manobra da comissão do impeachment no Senado para acelerar o processo.
"O que devemos transmitir ao Brasil e ao mundo é a certeza de um julgamento isento, responsável e civilizado", ressalta Renan. "Vejo com preocupação as iniciativas para comprimir prazos. Mais ainda se a pretensão possa sugerir supressão de direitos da defesa, que são sagrados", afirma o presidente do Senado, em outro trecho.
Em sessão que discutia, nesta quinta-feira, o cronograma do processo, elaborado pelo relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), acatou questão de ordem apresentada pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) que propunha a redução do prazo para as alegações finais de 20 para 5 dias. Desta forma, a votação na Casa ocorreria em julho, em vez de agosto.
A estratégia foi duramente criticada por José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff. Ele anunciou que recorrerá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, contra a manobra. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também disse que recorreria. Na nota, Renan critica a judicialização do processo.
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