O relator do processo de impeachment na comissão processante do Senado Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresentou nesta quinta-feira proposta aos senadores em que rejeita anexar os recentes grampos feitos pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado com políticos em que eles discutem o andamento da Operação Lava Jato e estratégias para paralisar as investigações.
O pedido era considerado crucial para a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, que afirma que políticos como o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) discutiram estratégias para barrar a Lava Jato vinculando o tema ao afastamento da petista e, por isso, todo o processo estaria maculado por "desvio de finalidade". A proposta de Anastasia ainda precisa ser submetida ao voto dos demais integrantes da comissão.
Ao comentar o motivo pelo qual os áudios de Sergio Machado não poderiam integrar o processo, Anastasia afirmou que "generalizar o vício de vontade de agentes isolados para o universo do plenário é o mesmo que nulificar o princípio de presunção de legitimidade que é corrente em direito público".
Em seu parecer, o senador tucano também rejeitou pedidos para que outras provas relacionadas ao petrolão, como o envio de dinheiro do contribuinte brasileiro a países alinhados ao então governo petista, como Cuba e Venezuela, fossem consideradas no impeachment.
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