Ao assumir a Presidência da Petrobrás nesta quinta-feira, 02, o tucano Pedro Parente deixou claro a que veio: retomar a agenda de privatização que iniciou no governo FHC, quando aprovou no Conselho de Administração mudar o nome da empresa para Petrobrax e entregar 30% da Refap à Repsol.
Agora, a bola da vez é o Pré-Sal, o troféu que José Serra e Michel Temer prometeram entregar aos financiadores do golpe. Pedro Parente chegou avisando que "a Petrobrás apoia a revisão da lei do Pré-Sal", reforçando o que Temer já havia anunciado: o apoio ao PL 4567/2016, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.
O objetivo é tirar a Petrobrás da função de operadora única e acabar com a participação mínima que tem de 30% nos campos licitados. Se isso acontecer, a empresa perderá 82 bilhões de barris petróleo, levando em conta as estimativas de que o Pré-Sal tenha 273 bilhões de barris de reservas. Que petrolífera no mundo abriria mão de todo esse petróleo, como pretende fazer o recém empossado presidente da Petrobrás.?
A proposta que deu origem ao PL 4567/2016 já foi aprovada no Senado, através do PLS 131/2015, do tucano José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, que desde 2010, quando disputava a eleição presidencial, havia prometido à Chevron e às outras multinacionais acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal.
Se o projeto passar também pela Câmara, abre o caminho para retomar o modelo de concessão, como querem os golpistas. Para impedir que o PL 4567/2016 seja aprovado, os petroleiros têm feito grandes enfrentamentos em Brasília. No próximo dia 14, junto com a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, a FUP, Aepet e FNP realizam um ato público em defesa do Pré-Sal, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
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