Em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), assume o vice Michel Temer (PMDB-SP). E, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, esse seria o começo de um processo que livraria Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, da cassação.
Atualmente, Cunha é réu da operação Lava Jato e alvo de investigação. Já foram encontradas contas com dinheiro ilegal em seu nome e, entre especialistas, a cassação do deputado federal é tida como muito provável. E aí que entraria a articulação do novo governo.
Segundo Bergamo, Cunha renunciaria assim que Temer assumisse sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no Congresso. Assim, ele seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo e garantiria foro privilegiado. O suposto acordo, no entanto, ainda dependeria do Supremo Tribunal Federal (STF) para funcionar. Isso porque a Procuradoria Geral da República já pediu à última instância da Justiça brasileira que Cunha seja afastado imediatamente do cargo.
Ainda sobre um eventual governo de Michel Temer, uma fonte do PMDB afirma que Henrique Meirelles seria o escolhido para assumir o ministério da Fazenda. Também cotado para o cargo, Armínio Fraga estaria perdendo força. Interlocutores de Temer teriam afirmado que a imagem de Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), estaria muito ligado à do senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado recentemente em delação da Lava Jato.
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