A presidente Dilma Rousseff voltou a negar qualquer possibilidade de renúncia do cargo em entrevista concedida a jornalistas estrangeiras nesta quinta-feira 24.
"Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", afirmou a presidente, segundo o jornal britâncio The Guardian. Ela destacou que se "mantém firme" no cargo.
De acordo com Dilma, o governo não aceitará o resultado do processo de impeachment que corre no Congresso, conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é réu no STF e alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", ressaltou. Segundo ela, o esforço da oposição para tirá-la do Planalto "carece de bases legais".
O impeachment, acrescentou Dilma Rousseff aos correspondentes, irá deixar "cicatrizes duradouras" para a democracia brasileira. Dilma acusou os oposicionistas do que chamou de "métodos fascistas" e declarou que os adversários apostam no "quanto pior, melhor" ao sabotar todas as propostas econômicas do governo. Avaliou, ainda, que eles não aceitaram o resultado das últimas eleições.
Sobre o ex-presidente Lula, Dilma negou que sua nomeação como ministro da Casa Civil tenha sido para que o petista seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal em vez do juiz Sérgio Moro pela Operação Lava Jato. "Lula é meu parceiro", comentou, de acordo com o americano Times.
Sobre as recentes manifestações pelo impeachment, Dilma disse: "Não vou dizer que é agradável ser vaiada. Mas não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite". Segundo a presidente, a paz reinará no Brasil durante a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, a partir de agosto.
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