Em reação à divulgação pelo Grupo Odebrecht de que seus executivos da empresa de fechar uma colaboração efetiva com os investigadores, em busca de redução de pena, os procuradores do Ministério Público Federal praticamente sinalizaram como condição 'sine qua non' que Marcelo Odebrecht e outros diretores revelem dados sobre os pagamentos de palestras, doações e reformas feitas em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Deltan Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e outros procuradores querem confissões sobre a "contabilidade paralela" da construtora, destinada a pagar propina políticos de praticamente todos os partidos, além de mais detalhes sobre a corrupção em outras obras e áreas do governo. Entre elas estão o setor de plataformas na Petrobras, o estádio Itaquerão, em São Paulo, e o Porto Maravilha, no Rio.
O potencial bélico de uma delação generalizada na Odebrecht pode por em risco a sobrevivência de vários caciques políticos, incluindo a cúpula da oposição que articula o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma "amostra grátis" foi a divulgação do "listão da Odebrecht", que traz os nomes de peso como os senadores Aécio Neves, José Serra, Agripino Maia, Cássio Cunha Lima, além dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Lula não aparecem na lista.
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