A Polícia Federal e o Ministério Público Federal explicaram, na manhã desta sexta-feira (4), os novos indícios que motivaram a 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o que foi apurado nas investigações, há "indícios bastante significativos" que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu vantagens indevidas de cinco empreiteiras investigadas na operação.
Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, as empreiteiras investigadas na Lava Jato são responsáveis por 60% de todas doações feitas ao Instituto Lula entre 2011 e 2014 e, no mesmo período, também foram responsáveis por 47% de todos os recursos captados pela LILS, que é a empresa de palestras do ex-presidente. Ao todo, teriam sido repassados aproximadamente R$ 20 milhões ao Instituto Lula e R$ 10 milhões ao LILS Palestras.
O Ministério Público está investigando se as palestras contratadas de fato ocorreram. Além disso, a investigação também apura indícios de que recursos do Instituto Lula foram repassados a empresas ligadas a familiares de Lula sem uma justificativa plausível para a contratação de determinados serviços.
"Há evidências dos pagamentos e não há justificativas plausíveis para esses pagamentos feitos pelas empresas investigadas. O conjunto de indícios é bastante significativo, mas ainda não é uma conclusão. É uma investigação. É o momento de sermos republicamos e não há ninguém isento de investigação neste país", disse o procurador.
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