O Brasil deveria começar 2016, ano em que o País será o primeiro da América do Sul a sediar uma Olimpíada, com um humor "exuberante", mas enfrenta um "desastre econômico e político", afirma a revista britânica The Economist na principal reportagem em sua página na internet nesta quarta-feira, 30, ilustrada com uma foto da presidente Dilma Rousseff.
A publicação acredita que o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pode conseguir realizar mais coisas na política econômica, por ter apoio do PT, mas vê dificuldades no avanço de reformas mais substanciais em meio às discussões sobre o impeachment.
"Apenas escolhas duras podem colocar o Brasil de volta aos trilhos. Mas Dilma Rousseff não parece agora ter estômago pela elas", afirma a Economist na longa reportagem sobre o país, que recebeu o título "A queda do Brasil". A expectativa era de que o Brasil estivesse na vanguarda do forte crescimento dos emergentes, mas ao invés disso tem que lidar com turbulências políticas e econômicas e "talvez com o retorno de uma inflação galopante".
O texto relata uma série de eventos que ocorreu este mês no país, incluindo a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch, a segunda a retirar a nota, este mês, após a Standard & Poor's, em setembro. "Ao mesmo tempo, a coalizão do governo do Brasil tem sido desacreditada por um gigantesco escândalo de corrupção em torno Petrobras", afirma o texto, destacando que Dilma enfrenta ainda a abertura de um processo de impeachment.
A Economist destaca que a previsão é que a economia brasileira encolha entre 2,5% e 3% em 2016, seguindo uma recessão em 2016. Mesmo a Rússia, afetada pela queda livre dos preços do petróleo e sanções dos Estados Unidos e Europa, "deve ir melhor" no ano que vem, destaca a reportagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário