Após exatos vinte e um dias de paralisação em todas as agências bancárias, os profissionais do Rio Grande do Norte estabeleceram o fim da greve apenas nos bancos privados, mas decidiram pela permanência da paralisação nos bancos públicos (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste).
A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de ontem, na sede do sindicato, na Cidade Alta. Reuniões como a de ontem foram realizadas em diversos estados do país com o objetivo de avaliar a proposta dos bancos para reajuste de 10% nos salários dos profissionais. O Comando Nacional dos Bancários orientou que os sindicatos locais acatassem a proposta e decidissem pelo fim da greve, iniciada no dia 6 de outubro.
Cidades de 20 estados brasileiros acataram a orientação e deram fim à paralisação. Porém, os profissionais do Rio Grande do Norte ainda cogitavam a possibilidade de manutenção da greve, pois, de acordo com a coordenadora do Sindicato dos Bancários do RN, Marta Turra, a proposta dos bancos não atenderia aos pleitos da categoria, principalmente por não haver a previsão da convocação de novos funcionários concursados (Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste) e também pontos relacionados a benefícios aos profissionais, como plano de saúde e plano de carreira.
A Federação Nacional dos Bancos (Fanaban) propôs reajuste de 10% sobre salários, benefícios e participação nos lucros. A federação também propôs correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de seis horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de oito horas, de um total de 112 horas. Apesar disso, a categoria teve dificuldades para entrar em consenso.
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