Considerar a crise hídrica que ocorre no Nordeste e em especial no Rio Grande do Norte como um problema de planejamento e gestão deveria ser uma obviedade, mas incrivelmente o senso comum, tão bem traduzido pelos meios de comunicação dominantes, persiste em tratar a grave questão como fruto de mera imprevisibilidade climática.
Quem se interessa por discutir Administração Pública tende a saber que não há evento que não possa estar sob a alçada dessa ciência e de seus profissionais. Mesmo quando tratamos, nos debates, sobre casos fortuitos, como desastres naturais, que ocorrem instantaneamente, ou tragédias súbitas, invariavelmente compreende-se que cabe aos governos seja a prevenção à ocorrência do problema, seja a sua rápida mitigação a partir do momento em que acontece.
Ou seja, mesmo que estivéssemos observando a crise hídrica apenas do ponto de vista mais estrito da estiagem que é severa na região Nordeste, na posição de gestores eles deveriam, sempre, estar preparados para enfrentá-la.
E isso poderia ocorrer não só mediante o uso dos instrumentos de previsão meteorológica, mas também a partir do aperfeiçoamento dos sistemas de abastecimento, seja pela ampliação da oferta, seja pela mudança cultural da demanda. Esses elementos correspondem à competência governamental de se prepararem para prevenirem problemas de ordem fortuita, conforme eu dizia acima.
Negar essa lógica, como faz os Governos o tempo todo, é de um primarismo atroz, justamente no coração da modernidade administrativa, no seio de um projeto de poder tido como o mais excelente do ponto de vista da gestão. Essa postura “inimputável” dos governantes, em minha opinião, foi essencial em meio ao seu tino eleitoreiro para que a crise não tenha sido contornada até agora. E, a cada dia, sua superação se torna cada vez mais difícil.
A imensa falha de gestão e de planejamento dos governos federal e estadual, e até municipal, está ancorada nessa falácia do “apelo à natureza”, na transmissão de responsabilidades ao avarento São Pedro. Apenas para fazer um paralelo para ser didático na exposição dessa incongruência argumentativa da gestão Petista, a adoção dessa premissa em uma área como o combate à corrupção, por exemplo, resultaria na mais plena inércia administrativa diante da possível constatação de que a natureza humana é “vil, egoísta e tacanha”, e que portanto não haveria o que fazer.
Se é enorme o efeito negativo nos níveis atuais dos reservatórios diante de tantos atrasos em obras de expansão como a Barragem das Oiticica em Jucurutu, na região do Seridó, que até hoje o governo não entregou há, no entanto, quem continue a entender que essa construção lógica é insuficiente para caracterizar a responsabilidade do governo federal pela iminente falta d‘água na região.
A estratégia que adoto aqui, então, é ser mais concreto, apresentando informações consubstanciadas em dados, que nos mostraram o que é que estaria acontecendo hoje se o governo tivesse sido tempestivo e sensível na condução da política de recursos hídricos no Rio Grande do Norte.
Essa situação mostra claramente um exercício, grosseiro, mas que deve estar acurado o bastante para não invalidar a premissa de que o governo federal foi trágico do ponto de vista de seu planejamento e de sua gestão para lidar com a questão da água.
A nossa bancada federal composta de oito deputados e três senadores, se mostra incompetente, incapaz, e submissa ao governo do PT pois nada fez ou vem fazendo para reverter essa situação e que na sua grande maioria so pensam em se locumpletar através do cargo público a ele dado e confiado por aqueles que hoje sofrem em Caicó, no Seridó e no Rio Grande do Norte, com a falta d’água, o que sintetiza a incompetência desses políticos que em Brasília dizem representar o povo do RN.
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