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3 de julho de 2015

CRISE PODE DEIXAR MICHEL TEMER FORA DA ARTICULAÇÃO POLÍTICA

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), pode deixar a articulação política do governo. O motivo seria as dificuldades em cumprir promessas de cargos e emendas parlamentares, usadas para viabilizar votações no Congresso

Um eventual afastamento de Temer dessa função de negociação poderia, de acordo com fontes do governo', tornar ainda mais frágil a relação do Palácio do Planalto com seu principal aliado, o PMDB - sigla que comanda a Câmara e o Senado.

Na quinta-feira (2), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), falou publicamente sobre a tensão: "Se continuar desse jeito, Michel deveria deixar a articulação política". Cunha ainda acusou o PT de "sabotar" o vice-presidente ao represar a liberação de emendas e indicações políticas para cargos.

Depois da declaração, os ministros de Dilma tentaram evitar que isso se tornasse mais uma crise do governo. Assim que chegou da viagem aos Estados Unidos, a presidente se reuniu com Temer e garantiu, ao lado do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que as demandas serão resolvidas. "O que nós queremos é resolver esse capítulo em julho. Vamos acelerar esse processo e botar pressão nos ministérios para que as demandas saiam", disse Mercadante.

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