Oito meses depois de receber 51.041.010 de votos no 2.º turno da eleição presidencial do ano passado e sair consagrado como o tucano que teve o melhor desempenho eleitoral desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso para o Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (MG), de 55 anos, será reconduzido hoje a mais um mandato à frente do PSDB com o desafio de se manter como principal líder da oposição ao governo Dilma Rousseff num País cada vez mais insatisfeito com a gestão da presidente.
No entanto, ao contrário do que ocorreu em 2013, quando assumiu pela primeira vez o comando do partido já em clima de pré-campanha presidencial, Aécio não é mais um nome de consenso para a disputa de 2018. Os ritual preparado pelo cerimonial tucano para a convenção nacional do partido, que será realizado em um hotel de Brasília, deixa isso claro.
Conforme o combinado, o senador mineiro e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, chegarão juntos ao evento. Os dois subirão ao palco ladeados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e farão discursos pregando a unidade partidária. “A nossa unidade é o principal combustível para vencer as eleições. O candidato do PSDB a presidente surgirá no momento certo, que não é agora, e será aquele que tiver as melhores condições”, diz Aécio.
Apesar da ode à unidade, os tucanos já vivem o clima de disputa interna pela vaga de candidato presidencial. Ambos foram “lançados” sem cerimônia nas convenções do PSDB em Minas e São Paulo. “A candidatura do Geraldo é a mais viável. Ele sai em vantagem em relação a quem não está no governo”, disse o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário