Lideranças sindicais assinam um manifesto em que apelam para que o PT discuta, em seu V Congresso Nacional, que acontece na próxima semana em Salvador, um novo caminho alinhado com a classe trabalhadora. Nomes como o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmam que o partido está "imerso numa profunda crise" e, apesar de reconhecer as conquistas dos trabalhadores nos últimos anos, acusa a legenda de ferir, hoje, seus benefícios.
O texto destaca que a "CUT e os movimentos sociais foram imprescindíveis para a reeleição de Dilma em defesa dos direitos e contra o retrocesso. Mas o governo, em vez de dar continuidade a essa relação positiva que garantiu a vitória no 2º turno, optou por uma guinada na política econômica, com medidas de ataques a direitos dos trabalhadores, sem sequer dialogar com as centrais sindicais".
De acordo com as lideranças, a aprovação das MPs 664 e 665, que fazem parte do ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "causou profunda decepção na militância sindical petista". "Consideramos que a política de ajuste fiscal regressivo e recessivo inaugurada com a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda coloca o PT contra a classe trabalhadora e as camadas populares que sempre foram sua principal base de apoio", atacam.
"É urgente interromper as tentativas de implementação de uma agenda neoliberal no país que tem como objetivo central reduzir o custo do trabalho através do desemprego e da flexibilização das Leis Trabalhistas", defendem os líderes trabalhistas, que prometem fazer sua parte, com uma militância mais ativa, caso o PT decida mudar seu rumo em favor dos trabalhadores. "Queremos contribuir na formulação de uma política econômica voltada para o desenvolvimento e a inclusão social", conclui o texto.
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