Cético quanto ao fator previdenciário, criado em seu governo (em 1999), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso critica com veemência o apoio de deputados e senadores do PSDB que se posicionam a favor da extinção da medida.
"Acabar com o fator previdenciário ou diminuir as exigências de idade e tempo de trabalho como foi feito agrava a situação fiscal e, a médio prazo, o custo cairá no bolso do povo. Na campanha de 2014, o PSDB prometeu substituir o fator previdenciário por outro mecanismo, o que seria razoável. O PSDB votar como votou abala seu prestígio, embora em camadas de menor peso eleitoral", diz o tucano.
Em entrevista publicada no site do jornal O Estado de São Paulo neste sábado (6), FHC critica ainda o apoio dos tucanos ao fim da reeleição para cargos do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos), medida também implantada no seu governo. "Eu continuo favorável a ela (à reeleição) e não creio que o tempo de experiência tenha sido suficiente para invalidá-la".
Um dos tucanos simpáticos ao fim da reeleição é o atual presidente do PSDB, senador Aécio Neves, possível candidato à presidência da República mais uma vez em 2018. Sobre o clima de desunião entre os tucanos, FHC diz que o PSDB a impressão de desunião se dá nas proximidades de eleições presidenciais "porque seu partido não tem dono".
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