O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem afirmado a aliados que somente será candidato em 2018 se a presidente Dilma conseguir recuperar um razoável patamar de popularidade até o final de seu governo.
Sem isso, a avaliação é de que ele teria dificuldades de ter a base para se eleger. Lula e Dilma têm hoje uma única notícia boa: o tempo enorme que ainda resta do segundo mandato. Dilma está apenas iniciando o sexto mês de governo. O resto são notícias ruins.
Por exemplo, o índice de aprovação de Dilma está caindo abaixo da barreira dos 10%, segundo pesquisa à qual o Palácio do Planalto teve acesso. Em abril, as taxas de aprovação de Dilma estavam na casa dos 13%, de acordo com o instituto Datafolha. As taxas de rejeição de Dilma só têm comparação com as piores de Fernando Henrique Cardoso na época da desvalorização do real, em 1999, ou as do ex-presidente Fernando Collor.
Dilma está começando um segundo governo cheio de dificuldades econômicas e políticas. Nesta semana, o Banco Central deve subir os juros de novo, apesar do contexto de encolhimento da economia e do aumento do desemprego. A esperança é que esse aperto monetário leve a inflação a patamares mais baixos no ano que vem. Atualmente, a taxa em 12 meses está em 8% e, segundo as instituições financeiras que mais acertam suas previsões na pesquisa Focus, do Banco Central, deverá encostar em 9% este ano, muito acima do teto da meta.
Mais juros e corte de gastos deve levar a uma queda de 2% do PIB em 2015. A economia não dará motivos para a recuperação da popularidade da presidente. E o governo continua tendo problemas no Congresso Nacional. A nova iniciativa é a de criar critérios rígidos para nomear diretores de estatais e membros do conselho de administração das empresas e bancos públicas.
A presidente reagiu nesta terça e disse que essa prerrogativa é do Executivo. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a acusar o governo de estimular a ação da Procuradoria-Geral da República contra ele, no caso das investigações da Operação Lava Jato.
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