O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, apesar de ainda ter cabelos, está careca de saber que o financiamento privado é o maior responsável, dentre os inúmeros responsáveis, pela corrupção comum e institucionalizada, a ter os empresários e suas empresas como os agentes principais dessa promiscuidade, que acarreta escândalos no Brasil.
Os deputados do "baixo clero" são a maioria. Conservadores, patrimonialistas, aliados de Eduardo Cunha e contrários a mudanças, como a de se estabelecer o financiamento público como única prática de financiamento para as eleições. Eles querem o financiamento privado, o desejo de as eleições serem também bancadas pelo empresariado e não somente pelo setor público, ou seja, por todos os brasileiros que pagam impostos. Eleições fiscalizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE).
O Brasil, o seu povo e principalmente os deputados perderam uma rara oportunidade de se livrar dos cabrestos e currais eleitorais que vicejam no interior e também nas capitais do País, principalmente nos bairros das periferias, nas comunidades pobres e nos morros de favelas. Uma oportunidade ímpar de limpar a política brasileira, em uma assepsia que, se não fosse total, cooperaria muito para que grande parte da corrupção que causa prejuízos morais, financeiros e econômicos ao País fosse realmente combatida e debelada.
A maioria dos políticos que aprovou o financiamento privado de campanhas eleitorais não bate prego em estopa. Eles não tem compromisso com o País, mas, sim, com as corporações privadas donas do establishment. São políticos medíocres, que se recusam a pensar o Brasil, porque o que importa a esses parlamentares é defender e preservar seus projetos pessoais, seus grupos políticos e econômicos, pois que se dane o resto, ou seja, a sociedade.
Inacreditável, a Câmara dos Deputados estar nas mãos de um político do calibre de Eduardo Cunha, homem reconhecidamente vinculado aos interesses das grandes corporações midiáticas privadas e de setores empresariais que não querem, de forma alguma, que aconteçam mudanças no País. Amarraram o Brasil, como se ele fosse gado a ser derrubado e manietado, como ocorre nos rodeios, e deixaram o povo brasileiro a ver navios.
Foi uma trapaça de gente mequetrefe, desajuizada e que deseja manter as coisas como estão, ou seja, o status quo a ferro e fogo. Fizeram uma reforma política com a cara da direita golpista, racista, sectária e violenta. A reforma dos bem-nascidos e nutridos, dos que podem e sempre puderam mais.
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