Uma semana após o terremoto que deixou pelo menos 6,8 mil mortos e mais de 14 mil feridos no Nepal, autoridades do país descartaram neste sábado (02/05) a possibilidade de que pessoas ainda sejam localizadas com vida entre os destroços.
"Estamos fazendo o nosso melhor nas operações de resgate, mas eu não acredito que ainda resta a possibilidade de encontrarmos sobreviventes sob os escombros", afirmou Laxmi Prasad Dhakal, porta-voz do Ministério do Interior nepalês.
Apesar do trabalho intenso e contínuo das equipes de busca, o último regaste de sobreviventes soterrados sob os escombros ocorreu na quinta-feira. Com essa perspectiva, o foco das operações de salvamento nos próximos dias passa a ser o bem-estar das vítimas da tragédia que estão em regiões mais remotas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou para os riscos de surto de várias doenças entre os aproximadamente 1,7 milhão de jovens que vivem nos locais mais atingidos pela catástrofe.
Segundo a agência da ONU, os hospitais estão lotados, falta água, ainda há muitos corpos sob os escombros e muitos desabrigados que continuam dormindo ao relento. "Esse é um terreno propício para doenças", disse Rownak Khan, representante do Unicef no Nepal.
Burocracia deixa milhares sem ajuda
As Nações Unidas pediram também ao governo nepalês que diminua as restrições aduaneiras para que recursos possam chegar rapidamente às vítimas. De acordo com a organização, a burocracia em Katmandu está prendendo no aeroporto milhares de suprimentos vitais para os sobreviventes.
O material está se acumulando no aeroporto da capital em vez de ser transportado para as vítimas, afirmou o representante da ONU no Nepal, Jamie McGoldrick.
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