A Justiça Federal condenou a cinco anos de prisão o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró por crime de lavagem de dinheiro na compra de apartamento de luxo em Ipanema, zona Sul do Rio, hoje avaliado em R$ 7,5 milhões.
A sentença é do juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato. Moro decretou também confisco do imóvel que, segundo o Ministério Público Federal foi adquirido "com produto de crimes de corrupção" na Petrobrás.
Esta é a primeira condenação de Nestor Cerveró, no âmbito de Lava Jato. Para ocultar "a origem e natureza criminosa dos valores envolvidos na aquisição, bem como o real titular dos valores e do imóvel", Nestor Cerveró constituiu, de acordo com a denúncia da força tarefa da Lava Jato, em 12 de abril de 2007, a empresa Jolmey Sociedad Anonima no Uruguai.
Em 7 de novembro de 2008, o ex-diretor da estatal montou uma subsidiária da Jolmey no Brasil, a Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda. O capital da empresa brasileira foi constituído por investimento direto da Jolmey, ingressando cerca de R$ 2,6 milhões do exterior. Desse total, R$ 1,53 milhão foram utilizados para aquisição do imóvel e o restante para reforma do imóvel e pagamentos de tributos e honorários advocatícios. Cerveró está sob suspeita, ainda, de ter recebido US$ 30 milhões em propinas no âmbito da contratação de navios sondas em 2005 e 2006.
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