A Polícia Federal brasileira começou a se mover após a revelação do escândalo de corrupção na Fifa, que envolve nomes ligados à CBF. Segundo apuração dos canais ESPN, o próximo alvo das autoridades é a sede da entidade que comanda o futebol brasileiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, do Rio de Janeiro.
As informações eram que o departamento jurídico da CBF estaria no local para receber os policiais, que estariam com mandado para busca e apreensão foi confirmada, e os funcionários esperaram a chegada dos oficiais até tarde da noite. Até às 23h30, no entanto, a visita não se confirmou, aumentando a expectativa de uma "visita" para esta quinta-feira.
Pouco tempo depois da informação, a entidade se pronunciou sobre o ocorrido, disse que vai ajudar nas investigações e anunciou a exclusão de José Maria Marin, ex-presidente e atual vice, do quadro diretivo. Marin, que foi preso nesta quarta na Suíça em uma ação do FBI, dá o nome ao prédio da CBF no Rio.
Agentes da Polícia Federal também estiveram na empresa de Kleber Leite, a Klefer, nesta quarta à noite, no Rio. O empresário, ex-presidente do Flamengo, não teve o seu nome citado diretamente, mas teria feito J. Hawilla, dono da Traffic, pagar propina à CBF pelo acordo dos direitos comerciais da Copa do Brasil entre 2015 e 2022.
Veja o comunicado oficial da CBF:
A CBF, no início desta noite, em reunião extraordinária, decide, em complementação à nota oficial veiculada na manhã de hoje:
1) Oferecer o adequado desdobramento à determinação da FIFA e afastar o Sr. José Maria Marin do seu quadro diretivo até a definitiva conclusão do processo;
2) Tornar pública a decisão, previamente tomada no início desta gestão, de reanalisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores.
Um pouco mais cedo, alguns agentes se dirigiram à empresa de Kleber Leite a Klefer, nesta quarta-feira à noite, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O empresário, ex-presidente do Flamengo, não teve o seu nome citado diretamente, mas teria feito J. Hawilla, dono da Traffic, pagar propina à CBF pelo acordo dos direitos comerciais da Copa do Brasil entre 2015 e 2022, de acordo com relatório publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Um delegado da Polícia Federal e dois procuradores da República foram ao local em três carros. Eles permanecem na sede da Klefer neste momento, e ainda não há informações se documentos e arquivos de computador foram apreendidos na empresa de marketing esportivo.
Não foi apenas a polícia brasileira que passou a atuar após as revelações desta quarta-feira. Um pouco mais cedo, as autoridades realizaram um esquema de busca e apreensão no escritório da Concacaf, em Miami, nos Estados Unidos.
Entenda o caso
Pelas informações dadas pela Justiça norte-americana, J. Hawilla pagou
propina para três altos dirigentes da CBF para dividir os direitos sobre a
competição. O intermediário era um concorrente que aceitou repassar parte do
negócio para a Traffic.
Pelos documentos, a descrição dos envolvidos tem enorme semelhança com os
ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira (à época já fora da entidade e morando
nos EUA) e José Maria Marin, o atual (Marco Polo del Nero) e o ex-mandatário do
Flamengo e dono da empresa de marketing Klefer, Kléber Leite, que disputou com a
Traffic os direitos comerciais da Copa do Brasil.
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